Espaço do professor

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Diversão aliada ao aprendizado!

É hora de diversão!!!!
Neste site abaixo você professor, encontra um suporte didático de grande importância no processo de alfabetização: Os Jogos Educativos.
Aproveite- os ao máximo, pois à medida em que as tecnologias evoluem as mesmas chegam em nosso ambiente escolar. A partir disso fica uma pergunta: A tecnologia irá substituir o professor?
Não, meu caro colega de profissão!! A educação está em nossas mãos, porém precisamos utilizar das evoluções para que as aulas sejam cada vez mais enriquecidas!
Mãos à obra!



Por Helena Rosa

 

Créditos ao site

http://www.escolagames.com.br/livros/asFeriasDaBrancaDeNeve/

Dicas de atividades para trabalhar na alfabetização
 
 
Formação de palavras simples!
 
 
 
trabalha com contagens!
 
 
 
Brincando e formando de palavras!
 
 
 
Palestra de Emilia Ferreiro sobre Alfabetização
 

Em outubro de 2006, a psicolinguista argentina Emilia Ferreiro esteve no Brasil e participou da 1ª Semana da Educação, organizada pela Fundação Victor Civita em São Paulo. Neste vídeo, você acompanha trecho de sua palestra sobre Alfabetização, em que ela fala sobre polêmicas improdutivas criadas entre alfabetização e letramento ou entre construtivismo e método fônico.

Plataforma do letramento- brincadeiras orais

https://www.youtube.com/watch?v=ZATWQDDbE0o
http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-experimente/491/trabalhar-com-cantigas-brasileiras.html?pagina=4

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA VISÃO DE PAULO FREIRE

Resultado de imagem para paulo freire e alfabetizacao e letramento

 


      A alfabetização na perspectiva freireana é perceptível claramente em seu método e
suas práticas, e ao decorrer da alfabetização e realização do método podemos analisar o letrar
e sua perspectiva como um conjunto em que dificilmente alfabetização, letramento e
características histórico-culturais estão dissociados.
 
       A alfabetização é muitas vezes tomada como uma aprendizagem de leitura e escrita
simplesmente, e se observarmos somente dessa forma ingênua e tradicional de perceber a
alfabetização não estaremos observando princípios básicos da educação, como uma real
aprendizagem e letramento, uma necessária práxis que sirva para o aprendizado e não para a
impossibilidade de prosseguimento no conhecimento pelo uso de leitura e escrita. Nesta visão,
pode se observar o educando não como ser, mas deposito de conhecimentos, algo que
frequentemente ocorre com muitas pessoas que lêm, mas não interpretam o que tem lido, pois
recebem o código linguístico sem realmente serem letradas. Paulo Freire sempre teve uma
visão abrangente que contém as características do letramento e da importância da leitura,
leitura que para ele tem por finalidade inserir o indivíduo em um contexto de conhecimento e
sabedoria para uma formação de conhecimento, algo que uma educação bancaria não objetiva.
“(...) o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma
de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores,
transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.” (FREIRE, ,2009, p.60).A
visão de Paulo Freire, é um realmente estudar, aprender, e no caso da alfabetização possui um
ultrapassar do conceito bancário, pois existe um real e implícito letramento.
 
       Observa-se o letrar na visão freireana, pois se deve realmente ter o conhecimento,
não como seres passivos, mas compreendedores em uma real necessidade e aprendizagem da
linguagem e da escrita, necessidade esta que se demonstra como algo da realidade, da vida
social, e também como seres fazedores, demonstrando que se deve usar a escrita, e que esta é
uma necessidade social desde sua aquisição. Estes fatos reforçam o que a maioria de
estudiosos tem concluído sobre o letramento, que seria para as necessidades de utilização de
escrita e leitura exigidas pela sociedade e de importância nas várias práticas sociais.
 
        Paulo Freire, além de expressar características do letramento amplamente aceito, as
ultrapassa. O aprendizado deve realizar-se visando o ser não como passivo, mas como sujeito
ativo, e também se deve valorizar o social, histórico, e ação de seres transformadores. O
letramento tradicional pode ter como foco o acesso a varias fontes escritas, desvalorizando os
que não têm acesso, desconsidera-os como iletrados, incultos, pessoas “ignorantes absolutos”,
(PINTO, 1989, p.61) em que os menos favorecidos são ignorantes por não saberem algo e os
das classes populares são cultos por saberem alguma coisa. Paulo Freire ultrapassa essa noção
ingênua de letramento e demonstra que mesmo pessoas com pouco acesso à leitura, possuem
conhecimento da linguagem e letramento de vida em uma perspectiva construtivista.
 
             
                 (...) combater, por exemplo, a posição ideológica, por isso mesmo nem sempre explicitada, de que só
                se estuda na escola (...) “saber de experiência feito”, tem de ser o ponto de partida em qualquer
                trabalho de educação popular orientado no sentido da criação de um conhecimento mais rigoroso por
                parte das massas populares.
                Enquanto expressão da ideologia dominante, este mito penetra as massas populares provocando nelas
                às vezes autodesvalia por se sentirem gente de nenhuma ou de muito pouca leitura “(FREIRE, 2009,
                p.59-60)
 
 
       Não visa o adequar-se à realidade, que é o que ideologicamente poderia ser usado no
letramento tradicional para uso na sociedade complexa e suas diversas utilidades da escrita,
mas ultrapassando-a de maneira critica, de um cidadão que usa a linguagem e seus
conhecimentos para transformar a situação.
 
        Em questão de política, o letramento, se torna a leitura de mundo, por ela qualquer
homem tem um letramento e sabe alguma coisa, assim como Tfouni, focaliza os aspectos
sócios históricos do homem, “Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por
um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos da
aquisição de uma sociedade” (TFOUNI, 1995, p. 20 apud COLLELO), e como Paulo Freire
tem sua “ideia-fonte” citado por Fiori como “lúcido saber sócio pedagógico” (, 2005, p.8)
assim, observa-se um método não como simples técnica de aprendizagem de leitura e escrita,
observando a totalidade que ultrapassa nestes e muitos outros aspectos o que vem a ser
letramento. “As técnicas do método de alfabetização de Paulo Freire, embora em si valiosas,
tomadas isoladamente não dizem nada do método”, (FREIRE apud FIORI, 2005, p.9), portanto,
não pode ser tratada como simplesmente uma técnica mas com uma visão ideológica
em que alfabetizar é humanizar. Reforçando esse aspecto “sensível” e humano, a Magda
Soares expõe que "Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem, um mapa de
quem você é, e de tudo que pode ser.", Paulo Freire observa esse mapa da condição de
oprimido do ser, que passa pela leitura de mundo e reflexão das causas sociais, que leva a uma
conscientização, um pensar certo, uma real leitura de mundo e das condições de vida.
 
         De grande valor é a contribuição de Freire em relação à leitura de mundo em que o
ato de ler tem como ponto de partida a experiência de vida, leitura do contexto, depois da
palavra. Paulo Freire busca aprofundar este letramento para que forme a leitura da palavra
mundo, este letramento é o mais reconhecido de Paulo Freire e tem muitas lições a nos dar.
"na verdade, o domínio sobre os signos linguísticos escritos, mesmo pela criança que se
alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da 'leitura' do mundo”
(CARTAS A GUINÉ-BISSAU 1984 apud WIKIPEDIA) Esta percepção desmistifica a visão
ingênua e ideológica de que os de famílias com pouco acesso a leitura tendem a ser
“ignorantes em absoluto”, e que por sua falta de conhecimento dificilmente serão letrados, e
que não poderão transformar a situação. Segundo Freire citado por Arruda (2009) “Aprender a
ler e a escrever é aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto numa relação dinâmica
vinculando linguagem e realidade e ser alfabetizado é tornar-se capaz de usar a leitura e a
escrita como meio de tomar consciência da realidade e de transformá-la.” Paulo Freire se
volta aos oprimidos e demonstra que eles possuem letramento, o da leitura do mundo, o da
leitura da sua realidade e que este é um reforço para um letramento escrito que ultrapasse e
transforme as práticas de dominação em uma “práxis revolucionária” em “colaboração” em
dialogo o educador é um mediador, e o letramento não é dado pronto e obrigatório mas “ato
curioso do sujeito diante do mundo”.
 
         Diante do citado, percebe-se que o letramento defendido por freire é diferente do
tradicional, é um modelo ideológico. Segundo Street citado por Kleiman (1995, p.38), o
letramento ideológico não se trata simplesmente de aspectos da cultura letrada, mas estruturas
de poder da sociedade, e Paulo Freire foca nas lutas sociais, educação como prática de
liberdade, alfabetização e letramento que ultrapasse as praticas sociais e relações de poder.
 
 
 
Resultado de imagem para paulo freire e alfabetizacao e letramento

 

 

 

 


 

 

Plataforma do letramento- leitura de cantigas

https://www.youtube.com/watch?v=2xsgtiWxKH8
http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-experimente/491/trabalhar-com-cantigas-brasileiras.html?pagina=4
  1. Sessões simultâneas de leitura de contos

Publicado por 
Nova Escola
 
 
 
Objetivo(s) 
  • Envolver os professores da escola em um projeto de fomento à leitura.
  • Trocar opiniões e discutir interpretações sobre aspectos dos contos.
Conteúdo(s) 
  • Valorização da leitura como uma fonte de entretenimento.
  • Desenvolvimento de critérios de escolha.
Este projeto pode ser aplicado a alunos do 1° ano do ensino Fundamental 
Ano(s) 
Creche
Pré-escola
 
Tempo estimado 
Três sessões quinzenais
Material necessário 
Histórias escolhidas para leitura e um cartaz por sala, com a propaganda das sessões.
 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Cada professor deve selecionar a história que lerá nas sessões de leitura. É importante que tenha certo grau de novidade - esse é um ótimo momento para apresentar aquisições da biblioteca. Após essa preparação, todos se reúnem, apresentam suas propostas e trocam ideias para aperfeiçoá-las. Cada um elabora um cartaz-propaganda com a cópia da capa do livro que lerá, a resenha e o espaço para as inscrições, fixando-o no mural da escola.
2ª etapa 
Compartilhe com a turma as propostas de leitura, comentando as resenhas e conversando sobre as expectativas a respeito das histórias. Não se deve identificar quem lerá cada conto, pois isso fornece outros critérios de escolha: as crianças não optam por uma obra literária, mas por um leitor conhecido e, em especial entre os menores, há a tendência de ele ser o próprio professor, perdendo-se o potencial desse projeto, que é criar uma comunidade maior de leitores. Assim cada um se inscreve na sessão da qual deseja participar.
3ª etapa 
No dia marcado para o evento, oriente as crianças sobre a sala para a qual devem se dirigir e se prepare para receber seu público leitor. No começo da atividade, apresente o conto de modo a gerar suspense e interesse e, então, realize a leitura. Depois, abra espaço para conversar sobre a história. 
4ª etapa 
Quando as crianças retornarem para as salas, crie um um momento de troca em que elas possam contar sobre a história que escutaram (com a regra de jamais revelar o fim).
  
5ª etapa 

As sessões se repetem mais duas vezes, com intervalos semanais ou quinzenais. Antes da próxima, há uma nova apresentação (na segunda e na terceira vez, as crianças podem ajudar, pois já conhecem as obras) e a escolha do conto que ouvirão um dos professores ler. Depois desse período, novas rodadas podem ser planejadas.
Assista ao vídeo do Projeto Entorno que mostra a realização de todas as etapas de um projeto de Sessões simultâneas de leitura de contos na escola.
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/sessoes-simultaneas-de-leitura-de-contos
Desenvolvimento da leitura

De 3 a 6 anos - Pré-leitura




Nessa fase ocorre o desenvolvimento da linguagem oral. Desenvolve-se a percepção e o relacionamento entre imagens e palavras: som e ritmo.


Tipo de leitura recomendada: Livros de gravuras, rimas infantis, cenas individualizadas.


De 6 a 8 anos - Leitura compreensiva


A criança adquire a capacidade de ler textos curtos. Leitura silábica e de palavras. As ilutrações dos livros — que são extremamente necessárias — facilitam a associação entre o que é lido e o pensamento a que o texto remete.
Tipo de leitura recomendada: Aventuras no ambiente próximo, família, escola, comunidade, histórias de animais, fantasias, problemas.




De 8 a 11 anos - Leitura interpretativa


Aqui ocorre o desenvolvimento da leitura propriamente dita. A criança já tem capacidade de ler e compreender textos curtos e de leitura fácil com menor dependência da ilustração. Orientação para o mundo da fantasia.


Tipo de leitura recomendada: Contos fantasiosos, contos de fadas, folclore, histórias de humor, animismo.




De 11 a 13 anos - Leitura informativa ou factual


Se tudo estiver bem e as outras etapas tiverem sido trabalhadas corretamente, aqui já existe a capacidade de ler textos mais extensos e complexos quanto à ideia, estrutura e linguagem. Começa uma pequena introdução à leitura crítica.


Tipo de leitura recomendada: Aventuras sensacionalistas, detetives, fantasmas, ficção científica, temas da atualidade, histórias de amor.

De 13 a 15 anos - Leitura crítica




Aqui já vemos uma maior capacidade de assimilar idéias, confrontá-las com sua própria experiência e reelaborá-las, em confronto com o material de leitura.


Tipo de leitura recomendada: Aventuras intelectualizadas, narrativas de viagens, conflitos sociais, crônicas, contos.http://sacolaludicadamonoludica.blogspot.com.br/p/alfabetizacao-e-letramento.html

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Plano de Aula e Silabário Simples

 
Silabário - Formando palavras
Usando tampinhas de garrafas pet + caixa de ovos de papelão + alfabeto móvel e cartela de quebra cabeça de sílabas, a gente faz o SILABÁRIO.
PARA JOGAR
Se não houver a possibilidade de cada criança ter o seu silabário, o que seria o ideal, será preciso fazer um silabário, para cada 3 ou 4 crianças, no máximo.
A atividade pode ser adequada ao campo semântico do momento, por exemplo, se o conteúdo é animais, use palavras referentes aos estudos deste conteúdo.
Várias formas de jogar:
1-O professor leva fichas e sorteia, as crianças montam a palavra sorteada no silabário, depois, registram no caderno. Pode-se ainda, pedir que identifiquem letra inicial/final, número de letras, vogais e consoantes. Dependendo do nível, pode-se solicitar, que separem as sílabas.
2- Em grupo, cada criança recebe um número X de tampinhas, um de cada vez, deve tentar formar palavras colocando apenas uma tampa no tabuleiro, sendo possível aproveitar as sílabas/letras, dos demais integrantes do grupo.
3- Cada criança forma 4 palavras no silabário, depois, preenche os espaços com sílabas soltas e troca o silabário com o colega, que deverá localizar as palavras formadas pelo amigo. Depois, deverá ser feito um registro da atividade no caderno.
http://www.cantinhodaeducacaoinfantil.com.br/2009/05/o-brincar-e-alfabetizacao-silabario.html

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Construção da escrita - Revista Nova Escola

https://www.youtube.com/watch?v=NCo5ybibn5Q

Alfabetização e Letramento para Magda Soares

https://www.youtube.com/watch?v=-YP-7l6oAZM&noredirect=1

Para refletir...

 
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/melhores-frases-educacao-740713.shtml#26

O uso dos jogos para a reflexão fonológica no processo de alfabetização - Plano de aula

    
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de EnsinoComponente CurricularTema
Ensino Fundamental InicialLíngua PortuguesaAlfabetização
Ensino Fundamental InicialLíngua PortuguesaAnálise e reflexão sobre a língua
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoPapel da interação entre alunos
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoProcessos de leitura
Ensino Fundamental InicialAlfabetizaçãoEvolução da escrita alfabética
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Compreender que para aprender a escrever é preciso refletir sobre os sons e não apenas sobre o significado das palavras;
  • Desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração dos sons iniciais das palavras (aliteração) ou finais (rimas);
  • Comparar as palavras quanto às semelhanças e diferenças sonoras;
  • Perceber que palavras diferentes possuem partes sonoras iguais;
  • Identificar a sílaba como unidade fonológica;
  • Segmentar palavras em sílabas;
  • Comparar palavras quanto ao tamanho, por meio da contagem do número de sílabas;
  • Desenvolver competências e habilidades para expor ideias próprias, bem como perceber a importância da socialização do conhecimento.
Duração das atividades
Aproximadamente 240 minutos – Quatro (4) atividades de 60 minutos cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Para a realização desta atividade é necessário que já tenham sido desenvolvidas algumas estratégias de participação e de interação em sala de aula, pois é importante que os alunos sejam capazes de exporem oralmente suas ideias e se relacionarem com os colegas.
Estratégias e recursos da aula

 Informações ao professor


Professor, por meio do Portal do Professor, pretendemos ir ao encontro do programa de formação do MEC: Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa, na medida em que podemos trocar e compartilhar ideias sobre as práticas pedagógicas que realizamos, o que contribui significativamente para a nossa formação docente.
O Pacto é constituído por um conjunto integrado de ações, materiais e referências curriculares e pedagógicas disponibilizados pelo MEC, tendo como eixo principal a formação continuada de professores alfabetizadores, a fim de qualificá-los para assegurarem que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.
Para adquirir mais informações sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, acesse: http://pacto.mec.gov.br (Acesso em 18/05/2013.).

Professor, sabemos que os jogos são importantes recursos didáticos para a aprendizagem do SEA (Sistema de Escrita Alfabética), uma vez que o “brincar com a língua” faz parte das atividades que os alunos realizam fora da escola, desde muito cedo. Na alfabetização, os jogos são poderosos aliados para que os alunos possam refletir sobre o SEA, sem, necessariamente, serem obrigados a realizar treinos enfadonhos e sem sentido. Ao utilizar o jogo, as crianças mobilizam saberes acerca da lógica de funcionamento da escrita, consolidando aprendizagens já realizadas ou se apropriando de novos conhecimentos nessa área.
Fonte:
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: a aprendizagem do sistema de escrita alfabética. Brasília: MEC, SEB, 2012, p. 36.

Nesse sentido, propomos essa aula sobre a temática “jogos” para a reflexão fonológica dos alunos, socializando alguns jogos pedagógicos de apoio à alfabetização enviado pelo Ministério da Educação para as escolas públicas, haja vista o interesse e o prazer dos alunos pelos jogos.

kit

A partir do trabalho com os jogos, evidenciamos a possibilidade de abordar alguns direitos de aprendizagem dos alunos, como, por exemplo:
  • Participar de interações orais em sala de aula;
  • Compreender que palavras diferentes compartilham certas letras;
  • Perceber que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem de letras;
  • Identificar semelhanças sonoras em sílabas e em rimas;
  • Perceber que as vogais estão presentes em todas as sílabas;
  • Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler
É preciso deixar bem claro, que nessa perspectiva é concebido que a consciência fonológica é um conjunto de habilidades necessárias, mas não suficientes para que o aprendiz se alfabetize ao iniciar. Crianças pequenas em situações que lhes permitam refletir sobre o funcionamento das palavras escritas são ajudadas a começar a observar certas propriedades do sistema alfabético (como a ordem, a estabilidade, e a repetição de letras nas palavras), ao mesmo tempo em que, divertindo-se, analisam as semelhanças sonoras (de palavras que rimam ou têm sílabas iguais ou mediais iguais), bem como examinam a quantidade de partes (faladas e escritas) das palavras.
Fonte: MORAIS, A. e LEITE, T. Como promover o desenvolvimento das habilidades de reflexão fonológica dos alfabetizandos? In: MORAIS, A; ALBUQUERQUE, E; LEAL, T. (Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

  1ª Atividade:


   
Professor, sugerimos o jogo: BINGO DOS SONS INICIAIS que possibilita ao aluno  observar que a palavra é composta de sons equivalentes a sílabas e que estes sons podem se repetir em palavras diferentes.
Para isso, organize a sala de aula, crie um ambiente propício para o jogo. Motive os alunos, perguntado quem gosta de jogar.  Explore as regras e aproveite para trabalhar com texto instrucional. Chame a atenção dos alunos para a estrutura deste gênero textual.
Agora é hora de jogar!

Meta do jogo:
Vence o jogo quem primeiro completar a sua cartela, marcando todas as figuras.

Jogadores:
Individual ou em duplas (no caso da escolha pela organização em duplas é importante sugerir que eles conversem antes de marcarem a palavra, favorecendo, assim, a discussão entre os pares.).

Componentes:
  • 1 Cartela com seis figuras e as palavras escritas correspondentes às mesmas para cada aluno. Veja alguns exemplos:


cartela certa   carteal 2 dcerta
Fonte: Kit jogos de jogos educativos - CEEL ( Centro de Estudos em Educação e linguagem) - Universidade Federal de Pernambuco.

  • Fichas com palavras escritas contendo o mesmo som inicial das figuras das cartelas. Veja alguns exemplos correspondendo às fichas apresentadas acima:


fichas bingo 1  fichas bingo 2
Fonte: Kit jogos de jogos educativos - CEEL ( Centro de Estudos em Educação e linguagem) - Universidade Federal de Pernambuco.

  • Um saco para guardar as fichas de palavras.

Regras:

  1. Cada jogador ou duplas recebe uma cartela.
  2. O professor sorteia uma ficha do saco e lê a palavra em voz alta.
  3. Os jogadores que tiverem em sua cartela uma figura cujo nome comece com a sílaba da palavra sorteada deverão marcá-la.
  4. O jogo termina quando um jogador ou uma dupla marcar todas as palavras de sua cartela.


Professor, outro aspecto interessante nesse jogo é que, como as cartelas apresentam não só as figuras, mas as palavras correspondentes a elas, é possível que os alunos comecem a observar que palavras que têm o mesmo “pedaço” inicial também apresentam as mesmas letras no início. Dessa forma, enquanto os alunos refletem sobre os segmentos sonoros (silábicos) iniciais das palavras também são estimulados e refletir sobre a sua forma escrita.
Professor, você é o mediador da situação de jogo, então crie situações ou desdobramentos desse jogo por meio de intervenções e atividades que possibilitem a reflexão das palavras estudadas. Observe:

  • Inicialmente, quando o aluno marcar uma palavra no jogo poderá copiá-la e circular a sílaba que inicia a palavra. Assim, será feito para cada palavra da cartela. À medida que o jogo for se desenrolando chame a atenção para as novas palavras que forem surgindo e pergunte se algum aluno já encontrou, em sua cartela, alguma palavra que começa com a sílaba inicial da palavra lida. Caso isso tenha ocorrido, todos os alunos que tiverem copiado palavras com aquela sílaba deverão escrever a nova palavra logo abaixo e destacar a sílaba inicial.

  • À medida que o jogo se desenrola, peça para os alunos citarem outras palavras que comecem com aquela mesma sílaba. Anote e forme no quadro uma lista de palavras. Ao final do jogo, reflita com os alunos sobre as partes semelhantes entre essas palavras, chamando os alunos para identificarem naquelas palavras a sílaba oral e sua correspondência escrita.


2ª Atividade:


Jogo jogado aprendizagem dobrada: DADO SONORO

Professor, este é  outro jogo que  possibilita ao aluno observar que a palavra é composta por segmentos sonoros e que estes podem se repetir em palavras diferentes é o jogo: DADO SONORO.
Os alunos devem entender que o jogo tem uma finalidade, não é apenas uma brincadeira, para isso explique-lhes o objetivo do jogo e as regras. Organize a sala de aula previamente e estimule a participação de todos.

Meta do jogo:
Ganha quem, ao final, tiver mais fichas.

Jogadores:
2 a 4.

Componentes:
  • Um dado de oito lados.
  • Uma cartela com 8 figuras de animais numeradas.

cartela dado certo
Fonte: Kit jogos de jogos educativos - CEEL ( Centro de Estudos em Educação e linguagem) - Universidade Federal de Pernambuco.
 
  • 24 fichas com figuras e palavras (para cada figura da cartela há 3 fichas/palavras que se iniciam com a mesma sílaba das figuras/palavras apresentadas na cartela.).

dado sonoro
Fonte: Kit jogos de jogos educativos - CEEL ( Centro de Estudos em Educação e linguagem) - Universidade Federal de Pernambuco.
 

Regras:
  1. A cartela com as figuras numeradas deve estar à vista dos jogadores durante todo jogo.
  2. Espalham-se as fichas sobre a mesa, com figuras e palavras voltadas para cima.
  3. Os jogadores decidem quem deve iniciar a partida.
  4. O primeiro jogador inicia a partida lançando o dado e verificando qual é a figura na cartela que corresponde ao número sorteado.
  5. O jogador deverá escolher uma figura cujo nome comece com a mesma sílaba da figura indicada na cartela.
  6. Escolhida a ficha, o jogador pega-a para si. O próximo participante joga o dado e repete o mesmo procedimento.
  7. A cada ficha encontrada o jogador ganha um ponto.
  8. Se outro participante jogar o dado e o número deste for referente a uma figura para qual não há mais fichas, passa-se a vez para o jogador seguinte.
  9. Cada jogador só poderá pegar uma ficha por vez.
  10. Ao final, ganha o jogo quem conseguir um maior número de fichas.


Professor, outras situações podem ser criadas a partir desse jogo. Como por exemplo:

  • Organize cruzadinhas e palavras com lacunas faltando as sílabas iniciais. O aluno deverá tentar preencher os espaços em branco corretamente.
  • Proponha uma rodinha e diga que os alunos vão participar de uma brincadeira, mas que essa brincadeira é um pouco diferente, pois é durante a brincadeira que eles vão descobrir como se brinca. Os alunos deverão prestar bastante atenção

Professor, diga: EU VOU VIAJAR E NA MINHA MALA VOU LEVAR..... BALA. E você, o que vai levar?
(Só vale, nesse caso, levar objetos com o mesmo som inicial....BA)

  • Organize um saco com vários objetos ou figuras e depois pergunte: Adivinhem o que tem neste saco? Dê pistas.
  • A primeira pista deve ser o fonema inicial da palavra que você pegou no saco ou que tem em mente
  • A seguir, dê pistas significativas, descrevendo o objeto, até que as crianças digam qual é a palavra.

 

3ª Atividade:


Professor, escolhemos o jogo: TRINCA MÁGICA porque permite que o aluno descubra que palavras diferentes podem ter o mesmo “pedaço” sonoro final (a rima).

- Organizando a sala: você poderá organizar em duplas ou em quartetos, para isso agrupe os alunos de forma que se aproximem alunos com diferentes  níveis de aprendizagem, assim a possibilidade de um ajudar o outro é maior.
- Motive os alunos e explore as regras previamente, se necessário, faça uma demonstração para que compreendam a dinâmica do jogo.

Meta do jogo:
Ganha quem formar uma trinca de cartas contendo figuras de palavras que rimam.

Jogadores:
Duplas ou quartetos.

Componentes:
  • 24 cartas com figuras (8 trincas de cartas contendo figuras de palavras que rimam).
trinca 1  trinca 2
Fonte: Fonte: Kit jogos de jogos educativos - CEEL ( Centro de Estudos em Educação e linguagem) - Universidade Federal de Pernambuco

Regras:

  • Cada jogador recebe 3 cartas e o restante delas fica num “monte”, no centro da mesa, com a face voltada para baixo.
  • Decide-se quem irá começar a partida por meio de lançamentos de dados ou “zerinho ou um”. ESPECIFICAR, O QUE É ISSO?
  • O primeiro jogador inicia pegando uma carta do monte. Ele deverá observar se a figura vai rimar com alguma das cartas que está nas mãos. Se ele decidir ficar com a carta que pegou deverá descartar outra. O mecanismo do jogo é igual ao da caxeta.
  • O próximo jogador decide se pega a carta do monte ou a carta deixada pelo jogador anterior. Independente de qual carta pegar, o jogador deverá descartar uma, ficando sempre com três cartas nas mãos.
  • O jogo prossegue até que um dos jogadores faça uma trinca com 3 cartas de figuras cujos nomes rimam.

Professor, é importante que, antes do início do jogo, as palavras representadas pelos desenhos sejam faladas em voz alta. Esse procedimento é importante porque é possível que os alunos conheçam o objeto representado por outro nome e, por isso, não consigam encontrar seus pares. Por outro lado, muitas vezes, ao olharmos uma imagem, temos dúvidas sobre o que elas estão, de fato, representando.


1.       Como desdobramento, inicialmente, solicite aos alunos que pensem em outras palavras que rimem com a trinca encontrada.
2.       Peça aos alunos que escrevam as palavras que rimam e circulem as partes que possuem as mesmas letras (rimas).
3.       Elabore questionamentos sobre a ordem em que aparecem as letras que formam as rimas, fazendo o aluno perceber que se mudarmos a sequência de letras teremos mudança no som das palavras.
4.       Após o jogo, realize um caça-palavras denominado “CAÇA-RIMAS”, com algumas palavras da trinca mágica, solicitando aos alunos que coloram da mesma cor as palavras com segmentos sonoros iguais.
5.       Prepare uma atividade de cruzadinha com algumas palavras da trinca mágica associadas às figuras.


4ª Atividade:


Professor, propomos o jogo: Batalha de Palavras, pois consideramos que contar o número de sílabas e comparar o tamanho das palavras é uma atividade fundamental para os alunos em processo inicial de alfabetização, pois, assim, eles podem compreender que existe uma regularidade na composição das palavras, ou seja, à medida que os alunos são levados a pensar sobre quantas partes tem cada palavra e refletir sobre qual palavra é maior (quanto à quantidade de sílabas) estão sendo levados a perceber que as palavras são constituídas por unidades silábicas.

Meta do jogo:
Vence o jogo quem tiver mais fichas ao final.

Jogadores:
Duplas.

Componentes:
  • 30 fichas com figuras cujos nomes variam quanto ao número de sílabas.

Regras:
  1. As fichas devem ser distribuídas igualmente entre os dois jogadores. Estes as organizam de forma que fiquem com as faces viradas para baixo, uma em cima da outra, formando um monte.
  2. O primeiro jogador vira a primeira ficha de seu montinho ao mesmo tempo em que seu adversário também vira uma ficha do montinho dele.
  3. O jogador que virar a ficha cuja palavra contiver maior quantidade de sílabas ganha a sua ficha e a ficha virada por seu adversário. Observe no exemplo abaixo: BOR-BO-LE-TA ( 4 sílabas) - PEI-XE (2 sílabas).

batalha
Fonte: Kit jogos de jogos educativos - CEEL ( Centro de Estudos em Educação e linguagem) - Universidade Federal de Pernambuco.
 
  1. Se duas palavras coincidirem quanto ao número de sílabas cada jogador deve virar mais uma ficha do seu montinho até que haja uma diferença quanto ao número de sílabas. Nesse caso o jogador que virar a ficha cuja palavra tiver o maior número de sílabas leva todas as fichas viradas na jogada.
  2. O vencedor será quem, ao final do jogo, conseguir ficar com o maior número de fichas.

Professor, para que os alunos iniciem o jogo é importante que entendam que é preciso contar as sílabas das palavras. Dê exemplos segmentando palavras em sílabas e comparando-as, até que se perceba certa autonomia para jogar. Observe:

  1. Brinque com a turma: Peça para cada aluno falar seu nome e bater palmas em cada sílaba.

 Fe – li – pe       Mar – ce – la              Ma – ri – a

Faça comparações entre os nomes: quantas sílabas têm esse nome? E esse outro? Qual nome da sala possui a maior quantidade de sílabas? Qual nome da sala possui a menor quantidade de sílabas? Dentre outros apontamentos.
Peça para os alunos pensarem em:
  1.    Um nome de colega com três sílabas.
  2.    Um nome de cor com quatro sílabas.
  3.    Um nome de brinquedo com quatro sílabas.

Professor, a partir do jogo BATALHA DE PALAVRAS pode-se realizar diferentes trabalhos com os alunos. Observe:

1.       Continue completando o quadro, de acordo com a legenda.
 
 
sdad
Fonte: Acervo da autora.
 
 
2.       Resolva as cruzadinhas escrevendo o nome das figuras (uma sílaba em cada quadrinho).
 
 
sas
Fonte: Acervo da autora.
 
 
3.       Que tal brincar de Jogo da Velha utilizando palavras no lugar dos sinais?  

·         O primeiro jogador escreve uma palavra de acordo com a sua escolha com relação ao número de sílabas, por exemplo, palavras que contém 3 sílabas.
·         Depois é seguido pelo segundo jogador, que deve escolher palavras com outro número de sílabas, por exemplo, palavras com 4 sílabas.
·         Ganha quem completar um trio de palavras
 
 
das
Fonte: Acervo da autora.
 
Professor, você poderá também dialogar com a Matemática, pois os jogos sugeridos ao longo desta aula apresentam dados numéricos que podem ser utilizados na elaboração de situações problema e outras atividades que trabalham conceitos matemáticos.
 
Avaliação
Professor, a avaliação deverá acontecer ao longo do ano letivo e, com base nela e nas atividades desenvolvidas diariamente, sugerimos um quadro de registro para cada aluno, de modo a poder acompanhar os avanços de cada um, com relação à análise linguística: apropriação do sistema de escrita alfabética que foi trabalhada nessa aula. Por meio desse quadro é possível, também, analisar o rendimento dos alunos de modo a pensar nas soluções para que efetivamente eles aprendam.

O acompanhamento da aprendizagem das crianças: sugestão de instrumento de registro da aprendizagem

Escola: _________________________________________________________________

Aluno: __________________________________________________________________
Análise Linguística: apropriação do Sistema de escrita Alfabética
FEV.JUN.AGO.DEZ.
Escreve o próprio nome.    
Reconhece e nomeia as letras do alfabeto.    
Diferencia letras de números e outros símbolos.    
Conhece a ordem alfabética e seus usos em diferentes gêneros.    
Reconhece diferentes tipos de letras em textos de diferentes gêneros e suportes textuais.    
Compreende que palavras compartilham certas letras.    
Percebe que palavras diferentes variam quanto ao número, repertório e ordem de letras.    
Segmenta oralmente as sílabas de palavras e compara as palavras quanto ao tamanho.    
Identifica semelhanças sonoras em sílabas e em rimas.    
Reconhece que as sílabas variam quanto às suas composições.    
Percebe que as vogais estão presentes em todas as sílabas.    
Lê, ajustando a pauta sonora ao escrito.    
Domina as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a ler palavras e textos.    
Domina as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos.    

                                                                                                             Legenda: (S) Sim; (P) Parcialmente; (N) Não

Fonte:
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: currículo na alfabetização: concepções e princípios. Brasília: MEC, SEB, 2012, p. 38.http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=49126